Recebi com desconfiança a notícia da renúncia do deputado palhaço (como ele se autodenomina). Só não entendi o motivo da renúncia. Se eu estou num lugar que posso fazer a diferença, porque sair dele? Ele disse que foi a primeira vez que subia na tribuna, porque não aproveitar o momento e abrir uma série de oportunidades para expressar os interesses do povo? A assiduidade levantada por ele deveria ser o mínimo que se esperaria de um deputado que ganha 25 vezes mais do que a maioria da população. Não sei, gostei muito das palavras ditas por ele, mas será mesmo que não é uma estratégia? O pior é que se for honestidade mesmo, soa contraditório um político com provas de corrupção evidentes a todos dizer com rigidez "Não renuncio!" e outro do outro lado renunciando pelo motivo oposto. Concordo veementemente com Edmund Burke: "PARA QUE O MAL TRIUNFE, BASTA QUE OS BONS NÃO FAÇAM NADA!"
Não sou escritor nem poeta, sou apenas um pensador que resolveu colocar seus devaneios em um papel e mostrá-los aos outros. Contudo, acredito no poder imanente nas palavras que nos fazem reconhecer na emoção a razão de se viver, e na razão a emoção de conhecer. CONHEÇA TAMBÉM O BLOG DE FILOSOFIA: http://quimeras.webnode.com.br/
quinta-feira, 21 de dezembro de 2017
terça-feira, 12 de dezembro de 2017
quinta-feira, 7 de dezembro de 2017
sexta-feira, 1 de dezembro de 2017
sexta-feira, 17 de novembro de 2017
sexta-feira, 27 de outubro de 2017
segunda-feira, 16 de outubro de 2017
quinta-feira, 5 de outubro de 2017
segunda-feira, 2 de outubro de 2017
sexta-feira, 29 de setembro de 2017
quinta-feira, 28 de setembro de 2017
Refletindo sobre a meritocracia
Fiquei pensando aqui com meus botões: como incentivar uma motivação num mundo em que nem todo camelô vira Silvio Santos, nem todo esforço gera resultado, e nem todo resultado é resultado de esforço. Temos que tomar cuidado com o discurso meritocrático. Não obstante isso, cheguei à seguinte conclusão: guardando as ressalvas anteriores, o caminho do acaso é com certeza o menos provável para se atingir o sucesso.
terça-feira, 22 de agosto de 2017
segunda-feira, 21 de agosto de 2017
quinta-feira, 17 de agosto de 2017
quarta-feira, 16 de agosto de 2017
CIÊNCIA ANTIGA
Vimos que os primeiros filósofos tinham uma preocupação central, a busca da arkhé (princípio) de todas as coisas que fazem o Kosmos (ordenamento) da Phýsis (natureza). Naquele momento, filosofia e ciência estavam vinculadas.
O primeiro filósofo por tradição, Tales de Mileto, era matemático e astrônomo, autor do famoso teorema de Tales, e pelas previsões astronômicas como um eclipse solar.
Pitágoras, para quem a arkhé é o número será o pioneiro na geometria, e estabelecendo relações de proporção de comprimentos aplicando-as aos instrumentos musicais.
Hipócrates é considerado o pai da medicina, trazendo explicações racionais para as doenças e não mais sobrenaturais como antes.
Platão por sua vez, tenta elevar o conhecimento da simples opinião (doxa) para um conhecimento verdadeiro e científico (episteme). Estabelece relações abstratas de seres reais, valorizando ainda mais a matemática. Para ele o mundo sensível é uma cópia imperfeita do mundo inteligível.
Aristóteles recusa a matemática e a separação entre mundo sensível e mundo inteligível. Valoriza a observação (desenvolvendo essa habilidade com seus estudos de zoologia) e a lógica como ferramenta para garantir o rigor de sua argumentação. Por isso, a fisica aristotélica não se restringe a atual física, mas abarca também a biologia, química, geologia etc. Ele vai explicar o movimento com a ideia de que o corpo busca se estado natural: o ar e o fogo sobem, a terra e a água descem etc e o movimento contrário a isso, necessitaria de uma força exterior.
Para os gregos de uma maneira geral, o movimento é um estado imperfeito, mas para os corpos celestes, que possuem movimento circular sem início nem fim, teríamos um movimento imperfeito. Daí surgem as primeiras concepções astronômicas, como a que coloca a terra no centro de tudo: geocentrismo.
O primeiro filósofo por tradição, Tales de Mileto, era matemático e astrônomo, autor do famoso teorema de Tales, e pelas previsões astronômicas como um eclipse solar.
Pitágoras, para quem a arkhé é o número será o pioneiro na geometria, e estabelecendo relações de proporção de comprimentos aplicando-as aos instrumentos musicais.
Hipócrates é considerado o pai da medicina, trazendo explicações racionais para as doenças e não mais sobrenaturais como antes.
Platão por sua vez, tenta elevar o conhecimento da simples opinião (doxa) para um conhecimento verdadeiro e científico (episteme). Estabelece relações abstratas de seres reais, valorizando ainda mais a matemática. Para ele o mundo sensível é uma cópia imperfeita do mundo inteligível.
Aristóteles recusa a matemática e a separação entre mundo sensível e mundo inteligível. Valoriza a observação (desenvolvendo essa habilidade com seus estudos de zoologia) e a lógica como ferramenta para garantir o rigor de sua argumentação. Por isso, a fisica aristotélica não se restringe a atual física, mas abarca também a biologia, química, geologia etc. Ele vai explicar o movimento com a ideia de que o corpo busca se estado natural: o ar e o fogo sobem, a terra e a água descem etc e o movimento contrário a isso, necessitaria de uma força exterior.
Para os gregos de uma maneira geral, o movimento é um estado imperfeito, mas para os corpos celestes, que possuem movimento circular sem início nem fim, teríamos um movimento imperfeito. Daí surgem as primeiras concepções astronômicas, como a que coloca a terra no centro de tudo: geocentrismo.
Antropologia Filosófica
Antropologia é um termo que se origina de dois termos gregos:
Nessa ciência o foco está no homem. É uma ciência recente na história, pois o homem se coloca como objeto de estudo quando passa a se questionar sobre sua própria capacidade de conhecer as coisas.
ANTHROPOS
= Homem; LOGOS = razão, estudo
Nessa ciência o foco está no homem. É uma ciência recente na história, pois o homem se coloca como objeto de estudo quando passa a se questionar sobre sua própria capacidade de conhecer as coisas.
Vimos que os seres humanos, ao
contrários dos outros animais, não são apenas seres biológicos, mas também seres
que modificam seu estado de natureza, pois, além das condutas inatas, também
possuem condutas aprendidas.
Contudo, diferenciá-lo dos demais
animais apenas pela razão (inteligência), é ser reducionista, visto que alguns
animais possuem algum tipo de inteligência diante de atos concretos. (Por
exemplo, um chimpanzé, pode colocar algo para alcançar um cacho de bananas). Mas
apenas o homem possui consciência da finalidade da ação.
A linguagem simbólica, outro
elemento que costuma ser colocado como específico do ser humano, também é realizada por alguns animais, mas de
maneira rudimentar. O ser humano, além da linguagem é capaz de reelaborar seu
presente, tendo em vista seu passado pensando num futuro. É assim, que o ser
humano transforma seu estado natural em cultura.
POLÍTICA NA HISTÓRIA: MAQUIAVEL
As influências de Platão e Aristóteles no terreno da reflexão política
foram marcantes tanto na Antiguidade como na Idade Média. A ideia de que a
política tem como objetivo o bem comum,
que em Platão seria a justiça e
em Aristóteles a vida boa e feliz,
orientou grande parte da reflexão política até hoje.
Os filósofos romanos antigos, como Cícero e Sêneca,
privilegiam a formação do bom príncipe,
educado de acordo com as virtudes necessárias
ao bom desempenho da função administrativa. Concepção política do bom
governante predominou no período medieval.
Na Idade Média, com o desenvolvimento do cristianismo e o esfacelamento do império romano, a Igreja consolidou-se, primeiramente, como um poder extra-político. Mas depois, ao longo da Idade Média e em parte da Idade Moderna, ocorreu uma aliança entre o poder eclesiástico e o poder político. E como a Igreja Católica entendia que todo poder pertence a Deus, seguiu a ideia de que os governantes seriam representantes de Deus na Terra. O rei passou, então, a ter o direito divino de governar.
Na Idade Média, com o desenvolvimento do cristianismo e o esfacelamento do império romano, a Igreja consolidou-se, primeiramente, como um poder extra-político. Mas depois, ao longo da Idade Média e em parte da Idade Moderna, ocorreu uma aliança entre o poder eclesiástico e o poder político. E como a Igreja Católica entendia que todo poder pertence a Deus, seguiu a ideia de que os governantes seriam representantes de Deus na Terra. O rei passou, então, a ter o direito divino de governar.
O
filósofo italiano Nicolau Maquiavel (1469-1527)
é considerado o fundador do
pensamento político moderno, uma vez que desenvolveu sua filosofia política em
um quadro teórico completamente diferente do que se tinha até então.
No pensamento antigo a política estava
relacionada com a ética e, na Idade Média, essa ideia permaneceu, acrescida dos
valores cristãos. Ou seja, o bom governante seria aquele que possuísse as
virtudes cristãs e as implementasse no exercício do poder político.
Maquiavel observou, porém, que havia uma
distância entre o ideal de
política e a realidade política
de sua época. Escreveu então o livro O príncipe (1513-1515), com o
propósito de tratar da política tal como ela se dá, ou seja, sem pretender
fazer uma teoria da política ideal, mas, ao contrário, compreender e esclarecer
a política real.
Dessa forma, Maquiavel afastou-se da concepção
idealizada de política. Centrou sua reflexão na constatação de que o poder
político tem como função regular as lutas
e tensões entre os
grupos sociais, os quais, em seu entendimento, eram basicamente dois: o grupo
dos poderosos e o povo. Essas lutas e tensões existiram sempre, de tal forma
que seria ilusão buscar um bem comum para todos.
Para
Maquiavel a política tem como objetivo a manutenção do poder do Estado, e não necessariamente o Bem comum.
E, para manter o poder, o governante deve lutar com todas as armas possíveis,
sempre atento às correlações de forças que se mostram a cada instante. Isso
significa que a ação política não cabe nos limites do juízo moral. O governante
deve fazer aquilo que, a cada momento, se mostra interessante para conservar
seu poder. Não se trata, portanto, de uma decisão moral, mas sim de uma decisão
que atende à lógica do poder.
Com a
frase: Os fins justificam os meios, Maquiavel vai afirmar que na ação política não
são os princípios morais que
contam, mas os resultados. É por
isso que, segundo ele, os fins
justificam os meios.
Nessa obra, o filósofo faz uma análise não moral
dos atos de diversos governantes, procurando mostrar em que momentos suas
opções foram interessantes para a manutenção do poder político. Deve-se a essa
franqueza despudorada o uso pejorativo do adjetivo maquiavélico, que designa o comportamento "sem moral".
Assim,
no corpo da política, os fins justificam os meios. No campo da moral, no
entanto, não seria correto separar meios e fins, já que toda conduta deve ser
julgada por seu valor intrínseco, independente do fim, do resultado.
Referência: Fundamentos da Filosofia de Gilberto Cotrim e Mirna Fernandes.
Assinar:
Postagens (Atom)