quinta-feira, 6 de junho de 2019

LÓGICA: AULA 5 - Falácia do Argumentum ad baculum (recurso à força) | PR...







O argumentum ad baculum (báculo só como exemplo, ou uma
curiosidade, é o nome que se dá para aquele bastão ou cajado que é utilizado
pelos bispos em cerimônias religiosas, com uma conotação de liderança já que
era utilizado pelos pastores entre as ovelhas para guiá-las, mas aqui
costuma-se traduzir báculo como: porrete,
e o argumento como argumento do porrete, ou Argumento da força), também
conhecido como apelo à força. 

É uma falácia onde força, coerção ou ameaça de força é apresentada
como a justificativa para a conclusão ou para a aceitação de uma afirmação. O
apelo à força é uma falácia em que força e coerção são apresentadas como
argumento para se concordar com o autor de uma conclusão. É um modo de apelo à
consequência e ao medo.

Coronelismo - Se você não votar no meu candidato, será
expulso de minhas terras. Ao invés de convencer que determinado candidato é
melhor por tal ou tal motivo.
Se você não acreditar em deus, você irá para o inferno. Ao
invés de tentar expor a crença no âmbito próprio como o da fé para que a pessoa
livremente aceite a doutrina.
Se os professores forem para a manifestação, eles poderão ser
punidos. Quando sabemos que qualquer tipo de manifestação democrática é
prevista em nossa legislação constitucional.
Todos os deputados governistas devem ser a favor da
aprovação da reformas, pois, caso contrário, serão
expulsos do partido. Ao invés de mostrar os interesses lícitos envolvidos na
aprovação de uma determinada reforma.
Um juiz parado numa blitz de trânsito embriagado que diz:
você sabe com quem está falando? Como se sua conduta fosse abonada pelo cargo
que ocupa.

É importante a gente esclarecer aqui que existe um argumento
pela força que não é necessariamente uma falácia, é o caso em que as consequências
de uma ação são apenas trazidas à tona:
Por exemplo: O professor fala para o aluno: Se você não
fizer a atividade, você será reprovado.
A mãe que diz ao filho: Se você usar drogas, você estará
indo por um caminho sem volta.
O policial que diz ao cidadão: Você será preso porque
descumpriu a lei.
Um dono de um buteco que diz ao cliente: se você beber e
dirigir, será preso, é melhor chamar um táxi.

Veja bem, a falácia do Ad Baculum está exatamente no fato da
consequência não estar exatamente ligada a ação de quem recebe o argumento, mas
à vontade de quem utiliza o argumento, como nos primeiros exemplos: do
coronelismo, do assédio aos manifestantes, ou a uma pessoa de patente inferior
etc.
  

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