quarta-feira, 6 de abril de 2016

Ouvir dizer não é saber!

Infelizmente estamos na época do ouvi dizer. As pessoas são levadas pelos meios de comunicação a serem meras repetidoras midiáticas: "Ah! Ouvi dizer que o Lula foi preso", "Ah! Ouvi dizer que a Dilma está envolvida no escândalo da Petrobrás", "Ouvi dizer que o Sérgio Moro vai prender o Michel Temer", "Ouvi dizer que o Joaquim Barbosa deve impostos na Flórida", isso nos restringindo apenas aos assuntos políticos em pauta atualmente.


As pessoas perderam a capacidade de pensar por si próprias e, como já não bastasse confiar cegamente em tudo que vem da ciência com a velha expressão: "está cientificamente comprovado que...", agora repetem o "ouvi dizer" como se fosse uma verdade já estabelecida.


Veja bem, não estou defendendo que não deva haver investigação séria de todo e qualquer crime que ocorra, mas, antes da comprovação, ainda vale o Princípio Constitucional do in Dubio Pro Reo (uma expressão latina que significa literalmente na dúvida, a favor do réu).

O que eu vejo na verdade é uma gama de jogos de interesses difusos e escusos, pessoas que não estão buscando o bem da nação mas manipulação partidária. Não importa se eu sou pró ou contra PT, o que importa é simplesmente a verdade que anda esquecida.

E alguém me diz em resposta a essas observações: "mas é bom que haja impeachment da Dilma, pois aí os demais vão agir corretamente a fim de que se evite que ocorra o mesmo com eles". Quanta inocência! Tudo bem que o medo de ser punido pode evitar que o crime aconteça, mas a possibilidade da impunidade poderá prevalecer principalmente se os atuais interesses desses que comandam esse "golpe", se mantiverem.

Lembrem-se de que estamos em um Estado Democrático de Direito, se quiserem mudar isso, não basta um impeachment, é necessário uma reforma política geral. Mas qual seria a saída? Ainda não me convenceram que haja outro regime melhor que Democracia. Se ela parece falida, é porque nós deixamos que isso aconteça. Tudo bem que estamos numa Democracia Representativa, e não participamos diretamente das decisões, mas urge o momento em que nós deixemos de olhar para o nosso próprio umbigo e pensemos no interesse geral, principalmente no momento das eleições. Fazendo uma analogia tosca, lembram-se do dia em que casamento era um compromisso para a vida toda? Infelizmente muita gente hoje casa pensando: "se não der certo, a gente separa". Estão querendo fazer o mesmo com a política!!!

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