Prezado diário, escrevo em ti aquilo que no futuro
poder-me-á a ajudar a compreender as loucuras e arrependimentos que marcaram
minhas experiências passadas. O dia de hoje foi como o de ontem, e o de ontem
como todos os demais de minha existência. Não é a memória enfraquecida que me
faz desdenhar o que foi vivido, é a própria insignificância de minha vida.
Acordei... Quisera eu permanecer sonhando, sonhava com um mundo diferente deste
no qual vivo. Ainda bem que não me interrompes enquanto escrevo, pois, do
contrário, perderia a coragem de escrever em ti aquilo que ninguém nunca saberá.
Como dizia, acordei... Mas meu sonho era tão real! Quem poderá fazer com que eu
compreenda que era apenas um sonho? A realidade é tão dura, às vezes insana.
Voltando a relatar o meu dia, acordei...Será que acordei para a realidade? Ou a
realidade é o que vivi no meu sonho? Tudo perfeito. A ausência do egoísmo dava
a todos a plena alegria igualmente repartida. Mas, como já disse antes,
acordei... Não era preciso dizer nada, um gesto ou um olhar eram o suficiente
para que as pessoas compreendessem a sinceridade de minhas atitudes. Não vivia
no ócio, mas trabalhava na alegria da reciprocidade de meu trabalho. Todavia, a
partir do momento no qual acordei... O sonho se parecia com a utopia dos
esperançosos e a banalidade dos pessimistas... Sabe de uma coisa, vou dormir,
relatar as inúmeras coisas que fiz durante este dia deixou-me profundamente
cansado.
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