quarta-feira, 16 de março de 2016

A DECISÃO


Ela: “Finalmente chegou o momento vou encontrá-lo e dizer-lhe o que sinto”.
Ele: “Finalmente chegou o momento vou encontrá-la e dizer-lhe o que sinto”.
Ambos se encontrarão no restaurante do porto e, lá, falarão de si. Ele pega o seu carro de placa 1313, a superstição faz parte da sua vida. Ela pega um táxi e sai de casa as 13:13 h, a superstição faz parte da sua vida.
            Ambos chegam às 14:00h. São atendidos pelo garçom e pedem o mesmo prato. Ele gosta de música clássica e ela pede que toquem John Strauss. Os violinistas se aproximam e um beijo antecede o almoço, ambos não são apressados para comer.
Ele: Pensei se poderíamos dar um passeio após o almoço!
Ela: Pensei se poderíamos passear no parque municipal.
            O relógio marca 17:00 h. Ele tem uma reunião com os acionistas de sua empresa, ela precisa encontrar suas sócias. Ele quer dar uma passada em casa primeiro. Ela precisa pegar alguns papéis em sua casa.
Ele: “Você vai em sua casa? Eu posso dar-lhe uma carona?”.
Ela: “Eu já ia lhe pedir exatamente isto, estou um pouco atrasada”.
Ele: “Eu também, minha reunião começa ás dezoito”.
Ela: “Minhas sócias chegarão neste horário”.
            Ambos passam em casa. Ela troca de roupa e coloca um vestido preto. Ele, ao chegar em sua casa, toma um banho e coloca seu terno preto.
            Dias depois os encontro em uma ópera. Ele a refletir sobre sua vida rotineira. Ela a meditar sobre os dias sempre iguais. Ambos chegam à minha frente e me cumprimentam perguntando por meu irmão. Ele diz que eu estou sumido. Ela diz que eu não tenho aparecido. E quando pergunto por eles, como vai o relacionamento entre eles, ambos me respondem ao mesmo tempo:
            - Não deu certo somos muito diferentes.

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