
Suspensos no ar com ar de majestade,
Para eles se voltam olhares curiosos.
O meu olhar também se volta, mas na verdade,
Observo quem os governam: seres ociosos.
Não sei por que razão se perde tanto tempo
A manusear um instrumento à distância
Que se guia, livre no ar de acordo com o vento,
Que sentido posso achar neste ato da infância?
Não sei quem é o dominador ou o dominado,
Pois até quem é seu criador parece extasiado
Por este objeto que também possui o seu poder.
É capaz de influenciar até quem não se admira
Com as coisas da vida: a morte e a mentira,
Esta pipa ou papagaio que daqui estou a ver.
Nenhum comentário:
Postar um comentário