quinta-feira, 1 de agosto de 2019

A FELICIDADE NA FILOSOFIA ORIENTAL | PROFESSOR CRISTIANO

https://youtu.be/oJC8G_DTroU







Em sentido muito amplo, chamamos
filosofia oriental ao "pensamento" — antigo e moderno — dos países do
Oriente (ou seja, da Ásia Menor, na Síria, na Fenícia, no Irã, na Índia, na
China, no Japão e em outros países). Alguns incluem na filosofia oriental o
pensamento egípcio antigo e ainda na filosofia árabe e judaica.
 Num sentido mais restrito de "filosofia
oriental, podemos circunscrevê-la às manifestações da cosmologia iraniana e
diversos elementos religiosos e religioso-filosófico vinculados a ela
(particularmente o zoroastrismo); filosofia indiana, filosofia chinesa e
filosofia japonesa. ao contrário do termo "Oriente", que designa um
conglomerado mais amplo e variado de elementos culturais e espirituais.
 Muitos filósofos afirmam que a visão oriental
de homem no cosmos como uma parte integral do universo pode guiar o mundo para
um futuro melhor e contra crises ecológicas. Essa visão está estritamente
ligada ao pensamento oriental clássico do Confucionismo, Taoísmo e Budismo, e
essa visão, pode sim ser aplicada e valorizada nos nossos tempos cheios de
conflitos. Alguns estudiosos da área inclusive afirmam, que a ampliação desses
conflitos está exatamente na influência do antropocentrismo na filosofia
ocidental que deveria ser abandonada em prol das virtudes orientais de
generosidade, clemência e altruísmo.
Vejam bem, estamos falando de
felicidade, e ao falar de felicidade, estamos mostrando na história da
filosofia o papel que ela tem enquanto método, mas não enquanto fórmula mágica
ou receita. Nesse sentido, guardadas essas prerrogativas filosóficas podemos
tomar em certa medida diversas filosofias orientais nessa busca.
Ok, dito isso, vamos logo à
parábola que mencionei no início desse vídeo, a Parábola do velho do forte que
possui elementos presentes na filosofia estoica exposta na última aula.
“Um velho vivia com seu Filho em
um forte abandonado, ao alto de um monte, e um dia perdeu um cavalo. Os
vizinhos vieram-lhe expressar seu pesar por aquele infortúnio, e o Velho
perguntou:
- Como sabeis que é má sorte?
Poucos dias mais tarde voltou seu
cavalo com um bando de cavalos selvagens, e vieram os vizinhos felicitá-lo por
sua boa sorte, e o Velho respondeu:
- Como sabeis que é boa sorte?
Com tantas montarias a seu
alcance, começou o Filho a cavalgá-las, e um dia quebrou uma perna. Vieram os
vizinhos apresentar-lhes condolências, e o Velho respondeu:
- Como sabeis que é má sorte?
No ano seguinte houve uma guerra,
e como o Filho do Velho era agora inválido, não teve de ir para a frente.”
(Lieh-tsé)
Essa parábola foi contada por
Lieh-Tsé (300aC) um dos mestres do taoísmo. O taoísmo é uma doutrina místico
-filosófica chinesa que enfatiza a integração do ser humano à realidade cósmica
primordial. Nisso a gente já vê o paralelo com os Estoicos, lembram-se quando
eu falei do Logos do Kosmos? Pois é. Além disso, entre o velho do forte acaba
agindo segundo a recomendação dos sábios estoicos, no sentido de que ele evita
emitir qualquer juízo sobre uma coisa indefinida (sua sorte, seu azar, seu
destino). Dominando tais pensamentos, não fica contente nem triste com o que
acontece com o cavalo e com o filho. Ou seja, domina suas paixões. Desse modo,
pratica a apatia, podendo alcançar a ataraxia.

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